Monday, September 10, 2007

Samba do Céu

Samba do Céu
(Elinando F.)

Meus pés: Quão longe estão! Lá no céu, onde o azul se perdeu no tempo. E que tempo é esse que deixou de existir por esses mundos. Ah se fosse belo! Sendo assim como se findando, tempos de cores vivas dando adeuses de saudades amargas, doces suficientes até partir. Por onde vago ninguém sabe, nem ao menos quero saber, é bem longe, mas bem diante dos teus olhos, brilho que acordou meus olhos dos sonhos, das nuvens de uma tarde em mim, quase sem fim. Esse amor é um amor com cheiro de cores, e as flores, delas se ouvem o cantar, lá no mar, onde encontro o vento dançar, com as ondas e os peixes do fundo do mar, pois eu sei, que se um dia tivesse pra sempre essa lembrança, para sempre seria criança, a ponto de nunca mais querer voltar.

Tuesday, September 04, 2007

Efeito Passageiro

Eu vos digo que não deveria dizer isso. Eu andei por ai sonhando e livre, não me cansava com a distancia, mesmo sem nada ser perto. Por assim dizer, se fosse agradável não seria concreto. Fui longe, bem longe estava, e perdido nada encontrava, e cansado, perdi a língua pra falar quando pressenti algo chegando. Já não tinha mais jeito, mesmo se passado pouco tempo, até parece que andei rápido, quando o tempo mal escurecia e o vento mal dizia de seus caminhos. Oh, como andava único, uma sombra de luz fraca, neutro, e como tu dizes, um pensamento de instante, coisa que passa fulminante e não perdoa o momento. Queria dizer que fui longe mas fiz tudo na hora, com o sentimento de viver sob o perigo que aflora, enquanto os sonhos na imensidão de um mergulho raso revelou um mundo que nunca acorda.