Saturday, July 27, 2013
Baixa Potência
(Elinando F.)
Pode haver uma oportunidade, uma chance
Pode haver uma brisa, um Sol vibrante
Se o mundo está girando e a vida caminhando
Confesso que parei diante o ventilador
Só de pensar em tua dor, fecho os olhos
Arrancaram de mim o amor, o nervo endócrino
Infértil por onde vago, sou uma casa vazia
Dentro de um quarto infinito de livros sebosos
Seguem-se meses no mesmo marasmo
O telefone acumula créditos e números falsos
Desisti de ver os outros e chegar na hora
Pode haver uma oportunidade, uma chance
Pode haver uma brisa, um Sol vibrante
Se eu desligar esse ventilador...
Friday, May 17, 2013
Flash-Backs
Flash-Backs
(Elinando F.)
O momento que me surge é passado
Vindo do nada presente na magia
Resplandecendo em memórias fragmentadas
Sob detalhes pitorescos de tão reais
Eu bem sabia que mesmo tão longe
Algum dia ia me lembrar como hoje
Do sentimento único meio regurgitado
Voluntariamente na busca de um sossego
O que te traz aqui novamente
É a chama retornando sorridente
Valendo de alguns segundos que valem mil
Rápido e intenso como um orgasmo
Rendido e abduzido, contemplo estupefato
A glória de um dia ter existido.
Madrugada
Madrugada
(Elinando F.)
O que fazer da noite
Quando ela ressuscita com a chuva
E os postes ao longe existem
Dentro de milhares de quartos apagados?
Do que me vale apertar a mão
Ressecada de tanto trabalho
Dada as muitas vidas geradas
Agora em estado de sobriedade?
Andar com quem não Deseja
Quando o que possuo vale pouco
Nos corações esponjosos de lodo
Movimento-me contra esse pulso
Pois teu ritmo espera pela dança
Que envolve esse mundo indiferente
Sunday, September 11, 2011
Excluído Justamente
Excluído Justamente
(Elinando F.)
Estou sendo expulso, estou me sentido fora, fora-da-lei por ser contra a norma soberana e envaidecida, pois quem diria: Eu agora sendo interlocutor de absurdos, de uma doutrina pseudo-teórica para ovelhas desnutridas. Vou apenas ser sincero, sem palavras, pois com poucas armas armo o meu divórcio, quem quiser me ouvir, vou apenas cantar estranho para que ninguém me abrace ou entenda, e quem queira me ouvir, não vai precisar me ouvir, estará apenas presenciando...
(Elinando F.)
Estou sendo expulso, estou me sentido fora, fora-da-lei por ser contra a norma soberana e envaidecida, pois quem diria: Eu agora sendo interlocutor de absurdos, de uma doutrina pseudo-teórica para ovelhas desnutridas. Vou apenas ser sincero, sem palavras, pois com poucas armas armo o meu divórcio, quem quiser me ouvir, vou apenas cantar estranho para que ninguém me abrace ou entenda, e quem queira me ouvir, não vai precisar me ouvir, estará apenas presenciando...
Friday, August 26, 2011
Discerto
Discerto
(Elinando F.)
O que dizer do que dizer? Declaro o dia-à-dia em não-palavras, eu nunca estive tão inspirado em não escrever mais nada: Tenho um silencio acolhedor, tenho um silêncio amortecedor. Nossa língua portuguesa varia e eu desatualizado, na rigidez eterna de um corpo inda jovem, sou honesto perante os outros, que eles vivam novamente o passado, e na arquitetura da paisagem vertical, sejam criadores do futuro, de um seguro mais confiável que o nosso, pois bem vos digo: "Eu ainda não sei mexer nessas coisas..."
(Elinando F.)
O que dizer do que dizer? Declaro o dia-à-dia em não-palavras, eu nunca estive tão inspirado em não escrever mais nada: Tenho um silencio acolhedor, tenho um silêncio amortecedor. Nossa língua portuguesa varia e eu desatualizado, na rigidez eterna de um corpo inda jovem, sou honesto perante os outros, que eles vivam novamente o passado, e na arquitetura da paisagem vertical, sejam criadores do futuro, de um seguro mais confiável que o nosso, pois bem vos digo: "Eu ainda não sei mexer nessas coisas..."
Monday, May 09, 2011
Máscara de Ossos
Máscara de Ossos
(Elinando F.)
Não ter a coragem, largar a imagem e engolir os olhos, cair de mãos a cabeça e cuspir miolos de vermes pensantes. Eis que no auge ou na falta do fôlego, mesmo quando a desculpa mais esfarrapada perde a sinceridade da palavra, deixa a carta ainda em branco, sem uma justificativa certa. Teu sangue fresco, antes quente no teu peito do que lamacendo no vômito estilhaçado de tua boca.
- Filho da mãe! Por que você não me esperou?
(Elinando F.)
Não ter a coragem, largar a imagem e engolir os olhos, cair de mãos a cabeça e cuspir miolos de vermes pensantes. Eis que no auge ou na falta do fôlego, mesmo quando a desculpa mais esfarrapada perde a sinceridade da palavra, deixa a carta ainda em branco, sem uma justificativa certa. Teu sangue fresco, antes quente no teu peito do que lamacendo no vômito estilhaçado de tua boca.
- Filho da mãe! Por que você não me esperou?
Monday, March 28, 2011
Na Velocidade Do Som
Na Velocidade Do Som
(Elinando F.)
A música lenta leva à magia do caminhar calmo, à estaticidade das áreas pouco iluminadas, à solidão da noite, como se assim a música fosse...
A música rápida leva à magia dos passos rápidos, à velocidade dos carros em movimento, à lentidão das pessoas mal-condicionadas, ultrapassadas, e à chegada ao ponto de partida, como se assim vencedor eu fosse.
- Devemos dançar conforme ouvimos.
(Elinando F.)
A música lenta leva à magia do caminhar calmo, à estaticidade das áreas pouco iluminadas, à solidão da noite, como se assim a música fosse...
A música rápida leva à magia dos passos rápidos, à velocidade dos carros em movimento, à lentidão das pessoas mal-condicionadas, ultrapassadas, e à chegada ao ponto de partida, como se assim vencedor eu fosse.
- Devemos dançar conforme ouvimos.
Monday, February 28, 2011
Paisagem de Luto
Paisagem de Luto
(Elinando F.)
O respiro na noite foi longo, eu nem vi a Lua dah a Luz nem o ceu lacrimejar. Eu estava voando e os pes pedalando apressados. A lanterna guiava e naturalmente, foi-se a sensacao de perigo. Eu estava longe, bem perto de onde queria chegar, as horas passando rapido, eu nem vi o tempo pensar. Eu sai um pouco para contemplar a paisagem de luto: O mar na brisa, o silencio no Verde...
(Elinando F.)
O respiro na noite foi longo, eu nem vi a Lua dah a Luz nem o ceu lacrimejar. Eu estava voando e os pes pedalando apressados. A lanterna guiava e naturalmente, foi-se a sensacao de perigo. Eu estava longe, bem perto de onde queria chegar, as horas passando rapido, eu nem vi o tempo pensar. Eu sai um pouco para contemplar a paisagem de luto: O mar na brisa, o silencio no Verde...