Erroneu
(Elinando F.)
Meu prazer é pela indiferença, é um pigarro de gastrite esporrado. Vale ouro este ácido, é produto da decomposição da natureza de nosso fracasso. Este mundo é insano, enquanto acolhe o perdedor obcecado, deixa de lado um santo trabalhador honesto e desempregado. Quando vale nosso desprezo¿ É o cimento da dor compactado, o monumento de um templo destruído, reconstruído longe das memórias de um passado. O nosso Verdadeiro é Falso, e o sorriso do sonhador ladrão é fotografado, famoso pela imagem vendida a pobres coitados, em dança frenética pelo ritmo tingido de um dinheiro lavado. Eu sou um miserável, mas ganho ilegalmente de forma correta, pois ao sentir-me invadido desta forma incerta, vou traçando o meu caminho com o restante que tenho de minha régua. Eis que meu prazer é alvo de um sedutor encanto pela doença epilética, pelo sangue frio fervendo e pelo sonho de respirar um oxigênio contagioso.
1 Comments:
Visceral, me limitarei a adjetivar assim.
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