Wednesday, August 01, 2007

Alm´adentro

rqAlm´adentro
(Elinando F.)

Ganho de agrado homenagens, beijos de amizade confidente, saudações, enfim, presentes de caráter simbólico.
Sou fiel ao propósito, me firmei como tal sendo lúgubre, mancha de carvão na polpa dos olhos, hematoma de sombras cinzentas alm´adentro.
Órfão de pai e mão, tendo um deus como único guia, nada encontro nas estrelas e no céu, só no vento, no mar e nas coisas que se movem para longe, para algum lugar infame.
Sorriso farto o do teu semblante, guarda em ti mais que um implante, eis que é um resto de um sagrado como escarro: Como hás de ousar tamanha liberdade para tal libertinagem?
E é na imobilidade silenciosa que se forma e se reune todo o concentrado. Frio e intacto é transparente, mas tem gosto amargo. Pena que é belo por fora e tão inflamado por dentro.
Sendo assim o ente amado, como tudo que é bom e transitório, hei de deixá-lo passar adioante, esquecendo de todo o amor que me foi dado sem permissão.

0 Comments:

Post a Comment

<< Home