Wednesday, June 07, 2006

Lembranças de Alguns Minutos Atrás

Lembranças de Alguns Minutos Atrás
(Elinando F.)

Acumulo dores em minha vida a ponto de me deixarem curvado: Sim! A morte está chegando sem carona, eu não tenho mais medo, pois em vida, eu tenho sofrido de um pouco de tudo! Se eu olho pro lado, meu tempo é esquecido, e se eu penso comigo, meu sonho é algo longe, meio fragmentado, tendendo à transparência, de tão pouca consistência.
De quando em vez recebo um sorriso, mas é uma enorme pena: Eu não consigo enxergar algo do tipo, se meu olhos pudessem distinguir bem, retribuiria da mesma forma, sem necessidade de um "Obrigado". Abaixo de mim e muitas vezes perto - por que não - minha dor é a dor que envelhece, que um dia vai me deixar rugas, não esse desalinhamento dos contornos, e sim a percepção do que não é e se vê no rosto como uma marca eterna e não efêmera.
Se um dia eu não me lembrar de um nome - de meu nome - é porque ele passou vago, ou se ao menos foi importante, ninguém nunca mais o repetiu na minha frente, quando eu ouvia uma correlação pertinente.
É a noite girando e a fome se firmando, eu perdendo o sono e o silêncio se calando: "As manchas não são de pancadas, é sinal de alguma tinta barata que me sujou!".
Eis que aqui tenho um bom sinal, eu pensei que era dor e se apagou, você achava que era mais uma vez o fim e agora aqui estou para lhe contar: "A curva é mais pra lá, por aqui é quase sempre deserto, apenas sigo em frente quando não estou pendendo para o canto".

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