Invasores
Invasores
(Elinando F.)
Não! Nem sempre temos água! Por vezes passamos anos comprando-a. E os cata-ventos? Bem, eles até que serviriam, entretando sua água é muito dura e é apenas útil como alimento aos animais e seu lugar de deságue, um ótimo abrigo aos maribondos.
Ei-vos diante esse diálogo e vos digo que é muito diferente nossa cultura, nossos sonhos deveriam ser os mesmos, mas não queremos sair daqui, nossa terra é farta e apesar de toda falta, bebemos muito do que não tens: Ares, céus azuis, ventos e uma voz firme e livre do silêncio.
Temos que nos despedirmos brevemente, bem sei que vocês cantam e exaltam nosso patrimônio, nossas histórias cheias de graça e entusiasmo, mas creio que poderíamos ser mais cativantes. Gostaria muito de entender a razão que vocês nos procuram, mas sei que isso não poderia deixar de ser um motivo de saber que não estamos sendo invadidos.
Estranho somos nós que viramos as costas, que fechamos as portas e olhamos e/ou escutamos os passos ou as conversas se aproximando. Vivemos muito longe do mar, e muito mais distante desse saber, nosso mundo é pequeno e até que poderia ser considerado literalmente "uma vida estagnada regada a diálogos jogados fora".
A violência que vemos é essa que passa nos meios de transmissão, esses meios que englobam nosso fim, nossa dissolução. O caráter que resume toda essa convenção é a que vos faz vir a nós e que nesse momento os tenho com muito respeito.
Dou como encerrado esse diálogo e novamente é com enorme gratidão que os comissero diante esses tempos, e que podem retornar o mais breve possível pois, precisamos de um pouco dessa porção que nos aproxima tanto desse mar que passa por vocês tão despercebido.
(Elinando F.)
Não! Nem sempre temos água! Por vezes passamos anos comprando-a. E os cata-ventos? Bem, eles até que serviriam, entretando sua água é muito dura e é apenas útil como alimento aos animais e seu lugar de deságue, um ótimo abrigo aos maribondos.
Ei-vos diante esse diálogo e vos digo que é muito diferente nossa cultura, nossos sonhos deveriam ser os mesmos, mas não queremos sair daqui, nossa terra é farta e apesar de toda falta, bebemos muito do que não tens: Ares, céus azuis, ventos e uma voz firme e livre do silêncio.
Temos que nos despedirmos brevemente, bem sei que vocês cantam e exaltam nosso patrimônio, nossas histórias cheias de graça e entusiasmo, mas creio que poderíamos ser mais cativantes. Gostaria muito de entender a razão que vocês nos procuram, mas sei que isso não poderia deixar de ser um motivo de saber que não estamos sendo invadidos.
Estranho somos nós que viramos as costas, que fechamos as portas e olhamos e/ou escutamos os passos ou as conversas se aproximando. Vivemos muito longe do mar, e muito mais distante desse saber, nosso mundo é pequeno e até que poderia ser considerado literalmente "uma vida estagnada regada a diálogos jogados fora".
A violência que vemos é essa que passa nos meios de transmissão, esses meios que englobam nosso fim, nossa dissolução. O caráter que resume toda essa convenção é a que vos faz vir a nós e que nesse momento os tenho com muito respeito.
Dou como encerrado esse diálogo e novamente é com enorme gratidão que os comissero diante esses tempos, e que podem retornar o mais breve possível pois, precisamos de um pouco dessa porção que nos aproxima tanto desse mar que passa por vocês tão despercebido.
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