Monday, June 18, 2007

O Silêncio do Estalo

O Silêncio do Estalo
(Elinando F.)

Eu ouço os passos, o fruto brotando, a flor murchando e o estalar dos ossos. eis o espaço ocupado ou o reduzido, pulsando de dor na busca de um alívio.
Foi o que deverioa ser, porém não mais é. É um jogo de palavras, de frases momentâneas de uma estabilidade infeliz. Há quem diga que há de se saber lê-las, se é que se possa consentir. O sonho é regozijar com uma graça que se despede exorcizando um mesmo lamento.
Tu sabes bem ao ouvir a beleza, que sua beleza é a de se ver. És de um bem sagrado, guardado entre as mãos e libertado em equilibrio e formas métricas, pois o que foste acabaste sendo um bem mais lápide.
Quando viver desses passos, há de se fazer poeira, mas ela há de revelar maestria, vento que a transforma numa nuvem a carregar para longe a saudade. São desses sentimentos que ando perseguido, doce tensão de se correr sem atrito.
Somos todos um a nos unir nesse som. Sou eu que me perdi para te encontrar de novo. Eu que não sou nada além de outro e mais outro, um tema a se despertar em outro e mais outro.

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