Wednesday, December 27, 2006

Virtude do Poder

Virtude do Poder
(Elinando F.)

Eis que o conhecimento, a voz que me guardou e me guiou até a continuidade, fez-me sombra, um pouco de luz ao fundo, dando-me força, por mais instavel que possa parecer a imensa superficialidade.

Aos olhos, meu corpo doente parece uma queda, um término frágil de areia, uma lembrança passada ao límpido sagrado. É o meu restante, inflamando no deglutir seco de uma euforia, mas com a imensa alegria, na voz arrastada e rouca de um tom grave e intenso.

Eis que os livros me deram suas páginas e fui folheando a vida: O que mais poderia me importar se diante da imensa desventura de ter resistido, restou-me agora arcar com tais consequências?

Ser poeta é dizer na infâmia, em virtude das indulgências unânimes, se erguer, transformar dores em afagos e lágrimas em beijos amenos, sob um ar frio e restante. Ser esse conhecimento árduo e sério, é se formar na faculdade integrada do sofrimento, na sinceridade de uma pele inerte ao tempo que nos traga...

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