Tuesday, November 21, 2006

Mar do Oeste

Mar do Oeste
(Elinando F.)

Estava bem, apenas psicologicamente bem, até vir ondas ou vozes a me levar, porque eu fui...Por que eu fui?

Ganhei do meu lado um auxílio, uma mão amiga, esse vai-e-vem honesto, que lhe dá a mão tranquila e não despedaça vosso fruto no chão.

Estava bem, nada como antes, como nunca, e agora, até agora, me encontro desacordado, em um sonho fragmentado, tudo pela voz que me chamou enquanto ouvi, porque eu quiz...Por que eu quiz?

Ah! E se foi, era para ser! E agora sou o que nunca mais serei, nem mais um anjo, nem um demônio, pois eu amo, no resmungar de um olhar muito distante, num sorriso, mas eu amo!

E as ondas vêm de longe, bem longe noutro mar, atrás do Sol que nasce no leste, mas no oeste, também vejo um mar nascer, como se estivesse numa ilha e nunca soubessse. Lá o Sol brilha nas minhas costas como uma piada, e meus olhos em miose, se despedem de um soluçar...

Estou bem...mergulhado nesse ânimo antigo.

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