Sunday, October 29, 2006

Inverno Temporário

Inverno Temporário
(Elinando F.)

À contemplar os vários níveis do mar agitado, beijando o violento encontro dos ventos, a fúria perante a qual, na ausência de uma proteção lateral, o lado superior torna-se inútil nesses casos extremos.

Complexidade essa de ir embora, a inutilidade da espera fará cada vez mais empecilhos no caminho, e por mais que esses desvios sejam agudos, breve é nossa sabedoria perante esses obstáculos. Essas sensações são pouco frequentes, um simples toque atormenta intolerantes frenéticos: Sim, que esteja do lado uma escória, árduo é o tempo de saciar a insalivação.

No horizonte nebuloso, vejo seu fim como algo finito, uma esfera cuja gravidade gira em torno das variações, e nas tempestades, vivemos nesses lagos refutáveis, frutos de nossas incontinências geográficas, da irresponsabilidade matemática, desse desvio humano que debaixo dos panos, só os navios é que hão de rexistir ao dilúvio das geleiras.

Como te espanta o barulho, o impacto. Como te atordoa o silêncio, o hálito: Falta-me força, mas estou mantendo isso que chamam de forma, a garantia contra essa guerra, esse movimento de idas e vindas, mas o que importa é a permanência, o sonho, até que, no decorrer inconsciênte, hospedes se fazem presentes, sem invadir nosso conforto.

Liberdade: Eis a gaivota meditando, sob a projeção insana, a figura combinada, o segredo desvendável. Oh! Tempo que não me responde, imediatismos seriam incômodos a ponto de exagerar no gosto ou quem sabe, desvendar o outro lado desse jogo onde os dados deveriam se combinar de forma fidedigna.

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