Friday, October 06, 2006

Repouso Tranquilo

Repouso Tranqüilo
(Elinando F.)

Quebraram-se as barreiras , não existe mais níveis, nem fronteiras. Parece ser tudo mais fácil, uma prisão na margem do rio, paisagem de séculos ou talvez, de uma história eterna de abandono e frio.

Vejo sem contemplar os olhares: A estranheza deixou de ser uma verdade e a injúria é o conhecer desse oculto virtuoso. O mundo deixou de ser duro, agora é pleno. Meu país deixou de ser mata e agora é incêndio.

Nas lembranças de imagens, existem sorrisos paralisados, um sentimento calado, condenado ao esquecimento. A coexistência neutra e pacífica deixa alguns segundos soltos no ar, um sopro de incerteza e um odor solitário.

Escrever e descrever esse momento, esse movimento de ondas lentas, fazendo o horizonte trêmulo e ao mesmo tempo belo é um sonho. Apagar da mente a dor é despedir-se de vez, pois não há mais espaços pra deleções.

Enfim, no transcorrer desse dilema, nada melhor que o prazer de um repouso tranqüilo. Dessa longa e segura decantação da qual estamos exaustos.

1 Comments:

Blogger Thalita Castello Branco Fontenele said...

"Mas eis que chega
a roda-viva
e carrega a roseira
pra lá..."

10:16 PM  

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