Sunday, November 26, 2006

Nada Mais Urbano

Nada Mais Urbano
(Elinando F.)

O semblante lá fora me olhava aqui dentro
As luzes atrás dele escondiam assim tal rosto
Lá do alto na mesma altura eu me senti invadido
No mais urbano fóssil submerso no meio desse pântano

Senti como se uma sombra me notasse caminhando
Era algo vivo de cores iluminadas por luzes econômicas
Sob a aridez insólita de um deserto frio e fantasma
Onde vozes e movimentos agora são como lembranças em ruídos

Quantos pontos veria assim na beleza dequela escuridão?
O edifício de andares queimados já exibiu sua beleza
Em Natais de sonhos de anos velhos que se passaram fome

Imaginei por alguns momentos desligar repentinamente o interruptor
Para de alguma forma descobrir o que aquela face horrenda vivia
A contemplar um horizonte tão retraído de estrelas caindo no céu.

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