Sunday, November 26, 2006

O Desmaio

O Desmaio
(Elinando F.)

Foi-se a virtude, o emanar mudo
Distorce-se a realidade em sérias conclusões
O rosto amargo e a vermelhidão lacrimejam
No dor até então pouco localizada

Daí vem a pausa, a vida tão nua e crua
Eterna na sombra que te persegue sem dó,
Se o tempo soubesse desse tédio tão avançado
Eu seria você lendo esse testamento infame

Deus disse na voz dos anjos a sua verdade
Mas esqueceu que estranhos cruzarão o caminho:
- Eis que a sabedoria moderna exalta essa lamúria!

Fomos nós que viemos para chorar nesse mundo
Atados ao silêncio insolúvel e restrito
Na ilusão de provar uma razão ilegível.

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