Monday, May 15, 2006

O Solo de um Miserável

O Solo de um Miserável
(Elinando F.)

Deixo um gosto amargo no paladar
Dos olhos que param pra ouvir
A filosofia didática mais banal
Que qualquer um consegue sintetizar

Deixo um rastro de pólvora no fogo
E na água me banho com sal grosso
Expresso o humor mais vulgar e ridículo
Pois vejo nele um requinte erudito

Vanglorio a multidão que se aglomera
Mas que no fundo quer participar
Do espetáculo solo de um miserável

Eis aí a teoria dessa arte
Que atrás de um sorriso simbólico emana
As entrelinhas subjetivas de uma lágrima

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