Gelo e Sal
Gelo e Sal
(Elinando F.)
Sopro de cera: Quando eu expiro, uma nuvem se desmancha no ar, não me há efeito, não me há sentimento, apenas uma breve expansão, meu hálito que se inodora e minhas palavras emudecendo-se. É assim mesmo quando me engasgo, é assim que me calo e nesse silêncio, o vento congela tudo que me cruza, desde uma folha a balançar, um sorriso a me amanhecer, a me cativar. Desde então a vida se tornou de Inverno, uma estação que fui e ainda não voltei: Apenas agora, vejo-a realmente...
Desliso, caiu, brinco e contemplo a natureza morta do meu passado, o sonho ruim que me livrei e vejo agora de todos os lados: Eu tempero tudo isso com gelo e sal e me embriago nesse gosto, vejo rios se derreterem e observo meu rosto náufrago, no escorrer desse sangue transparente que me mostra imagens bem abaixo, acima dessas camadas gélidas e uniformes que tornaram meu horizonte mórbido, desértico. Eu tempero com Gelo e Sal e dentro de mim eu choro.
(Elinando F.)
Sopro de cera: Quando eu expiro, uma nuvem se desmancha no ar, não me há efeito, não me há sentimento, apenas uma breve expansão, meu hálito que se inodora e minhas palavras emudecendo-se. É assim mesmo quando me engasgo, é assim que me calo e nesse silêncio, o vento congela tudo que me cruza, desde uma folha a balançar, um sorriso a me amanhecer, a me cativar. Desde então a vida se tornou de Inverno, uma estação que fui e ainda não voltei: Apenas agora, vejo-a realmente...
Desliso, caiu, brinco e contemplo a natureza morta do meu passado, o sonho ruim que me livrei e vejo agora de todos os lados: Eu tempero tudo isso com gelo e sal e me embriago nesse gosto, vejo rios se derreterem e observo meu rosto náufrago, no escorrer desse sangue transparente que me mostra imagens bem abaixo, acima dessas camadas gélidas e uniformes que tornaram meu horizonte mórbido, desértico. Eu tempero com Gelo e Sal e dentro de mim eu choro.
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