Wednesday, February 27, 2008

Fluidez

Fluidez
(Elinando F.)

Na imagem espelhada diante de mim, como água alva ondulando, se sente a leveza, frescor da exasperação concluída. Tu que eras peso agora pairas sem lugar a pousar, pena da ave liberta de si mesma, quando à mínima fresta oferecida, foste invadida por tuas próprias intensões. Deram-te apoio quando inda insinuavas, deram-te a mão, por não dizer a passagem. É então um caminho para tua volta, a final vitória da chegada. Assim da forma que se deságua, tu vens na corrente passando a deixares uma semente plantada: Acabaram-se os dias onde nada escoava, nem as horas, nem o silêncio que gritava. Tu passas no gole que acalma. Tu vens no vento que aquece a alma...

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