Sunday, July 30, 2006

Submersa

Submersa
(Elinando F.)

Árvore sem graça, Tu pereces fincada nesta Terra
As estações vão e vêm, enquanto permaneces quieta
Desse mesmo tamanho, limite estagnado pro teu desenvolvimento
És o pior da graça, duma tristeza que nenhuma floresta merece.

Se me deste sombra, foste umas das, mas não te esqueço
Beleza que é grande perde a cor, o sorriso sai do meio
Ah! Como não deixa de ser horrenda esta tua situação
És uma mulher em climatério, a enrrugar de vez os ossos.

Árvore sem graça, até parece que um dia perdeste a máscara
Mas é ilusão imaginar que te roubaram o nutriente, o pouco d´agua
Tu morres bela, um espantalho cinzento, cheirando a lavouras
São lembranças ao longe, fazendo-me viver p´las tuas dores.

1 Comments:

Blogger Ramon de Alencar said...

...
Vão-se os galhos, ramos, flores ou folhas. Enterrou-se a raiz em sete palmos. Da madeira, fez-se ataude ao que se morre.
Contudo, sempre restará uma semtente para um outro solo...
E tudo, tudo será atravez de um fruto. Fruto diferente....

5:24 PM  

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