Saturday, February 20, 2010

Vôo do Esquecimento

Vôo do Esquecimento
(Elinando F.)

Pássaro negro, Tu que invadiste este mundo vindo de meus sonhos, agora pousas na minha cama. Para todos os lados que olho tu te escondes: Sinto tuas garras afiadas passearem ao redor, Oh eterna figura da morte!
Para aqueles que não me acreditam, eis que ainda estou vivo, quando no exalar deste meu hálito noturno, evoco alucinações volvidas às torrentes do amanhecer como parte do silêncio que me roubaram em vida.
Ave sombria, a minha cabeça repousa em ti, e tuas asas erguem meu vôo a terras distantes, cruzando os mares das correntes frias e sonolentas.
Saiba que não temo as nuvens cinza, as árvores esqueléticas e a neve lamacenta de invernos passados. O calor, que me levou aos teus gélidos braços, foram-me lição e as cores que o Sol tingiu meras lembranças. Eis que tu, Oh pássaro do esquecimento, serás a águia que irá retornar a minha mão, nos bosques onde a solidão me encontrar novamente.

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