Tuesday, September 05, 2006

Balão de Ar

Balão de Ar
(Elinando F.)

Ai-me, estou derrotado, vencido
Veja só o quanto lutei, fui fiel
Sempre a mesma vitória, meu inimigo
Domando-me da forma mais cruel

E os meus olhos, olha o quanto fatigados
Fecha os teus, não mereces tal sono
Vira pro lado, muda pra algum canto
Para onde a luz brilhar, desvia-me e pronto!

Ao sentir a eternidade, esse sopro constante
Haveria de pulsar, com o vigor ante a tristeza
Disso tudo, tendo em mãos um balão cheio de ar
Lembro o quanto neles via cor e graus de beleza

1 Comments:

Blogger Ramon de Alencar said...

...
-Há de se projetar sombras aos próprios olhos. Há de atirar lama à própria cara, enquanto se engole o cuspo da boca em puhados cegos de nós.
E travoso, ver do todo vermelho que se perdeu entre os vincos dos dedos....

Há de se passar por tudo isso, e saber que ainda pode se limpar,se banhar, no rio de lágrimas que deságua nos desertos faciais...

E assim, ver as fertilizada linhas do rosto, germinarem os brotos de um sorriso, que quando maduros, se colherá o doce amarelo dos frutos...

A isso, chama-se Ternura, sofrer, sorrir, e não se embrutecer...


-Primorosa composição; muito gostei a ponto de inspirar-me destas palavras....

6:48 PM  

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